monótonia

12 maio, 2010

As ondas vão e vêm, tal como tu. Umas vezes serenas, outras bravas. Verdes ou cinzentas, consoante a cor do céu. E tu és elas. E eu sou tu. E nunca te descobrem os segredos. E nunca me descobres o segredo. Vens e vais com elas. Como novas amigas, novas companhias. E voltas sempre. Para mim. Para aquela que te enche de mimos quando os queres. Para aquela que te ama imenso e que tens a perfeita noção disso. Para aquela que te sorri quando o seu mundo desfaz. E eu? Eu sou como as ondas. Vou e volto. Sou a tua nova e antiga companhia. E tu? Quando choro. Quando grito. Onde paraste tu? Feitos de ondas, feitos de nada. Perpetuamente feitos um para o outro. E quando queres, oiço. E quando grito, foges.

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