monótonia

04 maio, 2010

porque "é preciso!"?


"as aparências iludem"

quantas vezes já quis desaparecer, deixar tudo para trás, morrer? afinal na minha mente tinha sido tudo inválido. quantas vezes já não quis chorar, berrar, desabafar, e não o fiz por não ser o momento indicado? quantas vezes já sorri e pensei que estava errado? quantas vezes já quis cair mas não podia? e quantas vezes já quis continuar, mas caí, porque não tinha forças?
imensas, inúmeras! qualquer decisão implica felicidade, futilidade ou tristeza, embora que não o demonstremos, nem sempre é possível. hoje concentro-me aqui, no sentimento e na acção, no interior e no exterior, debato-me, interrogo-me, mas não me respondo. e porquê que não podemos ser livres? porquê que eu não posso sorrir ou chorar quando quero? psiiiiu?.
hoje estava no meu mundo, entretida com uma linha que desacentuava na minha pasta quando me tocaram no cabelo, olhei e disse olá. e quem era falou comigo, estava a conversa muito animada quando murmurou: eu era feliz, quando a tinha. quando a tinhas? não minto, pensei: rapaz estás doido! mas sem saber o porquê, ele falou, ele contou-me a história, e cada palavra que dizia, era uma palavra que eu associava a mim, a mim e a ti também, e na hora do adeus quando me disse: quando gostamos não desistimos, eu só respondi: se gostas e consegues, luta, luta até mais não, tchau.
fui para casa, mas o meu pensamento debateu-se só naquele momento, quanta não seria a vontade dele de chorar quando olhava o mundo pelo vidro e falava da tal rapariga? quanta não era a minha vontade de voltar para trás, e ir ter contigo, onde quer que estivesses? ENORME! mas não, eu não podia fazer isso, e não podia porque não era o acertado, e se não era o acertado, não era o que eu podia.
às vezes olho-me e deparo-me com alguém que solta um sorriso, a minha mente associa: está feliz. ou quando pelo contrário, vejo uma lágrima, não vale de nada dizer mais. mas quem me garante que aquele gesto só está ali porque "é preciso!"?

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