monótonia

20 julho, 2011

Conclusões e afins: o nosso amor

Eu acreditava que o nosso amor era forte. Forte e dourador. Que resistia à ignorância temporária, à distância, à falta de contacto, partilha, carinho... Eu acreditava que ia durar mais 2 anos, ou os que fossem planeados. Acreditava que conseguia viver sem tudo que os outros tinham, que era diferente e especial, ao mesmo tempo. Que achava banal tudo aquilo que os outros chamavam de essencial. E eu acreditei nisso durante 2 anos: longos, tristes, atormentadores, a nível do nosso amor. Durante eles, mentalizei-me que não havia mais ninguém. Que tudo girava em torno do nosso amor e que a felicidade não estava em nenhum outro lugar. Todos os pequenos pormenores, que noutras circunstâncias seriam ridículos, simples e poucos, para mim, era o que me colocava um sorriso por imenso tempo. O mais grave de tudo isso, era que para além de pequenos, eram poucos. Aí eu acreditei que algo de errado se estava a passar. Não poderia ser eu, porque não era assim. Tu eras diferente, sensato e pouco extrovertido. Culpei a vergonha por tudo que nos martirizava, até que um dia acreditei que talvez "o defeito" fosse, então, um conjunto de defeitos. Abri as portas que há muito se mantinham fechadas. Libertei-te e alguém entrou. Agora fecharam-se novamente e as chaves não estão comigo. Estão com quem me mostrou a 2ª versão do amor que eu ainda não conhecia. Só se abrem, quando esse alguém quiser.
Desculpa bebé, não podes mais entrar.

P.S.: Não queria ter de dizer isto, mas, os erros, tal como o conjunto de defeitos, eram somente teus. Não os deixes dentro de ti, abre-lhes as portas também. Não te guardo rancor, muito pelo contrário. 

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