monótonia

17 julho, 2010

eu, tu (e os outros)

Os objectos, as pessoas, tudo, voltou novamente a associar-se a ti. Voltaste a permanecer no meu pensamento. Tentei desviar, mas não consegui. É quase como se não houvesse mais nada para além de ti, excepto eu, claro. Senti um sofrimento nascer...Perguntei porquê. Interroguei-me mais vezes que os meus dedos possam contar. Senti um aperto enorme no meu corpo, os meus nervos corporais estremeceram, angustiaram-me, muito... Elevei as mãos à face, estava húmida, escorriam lágrimas. Sequei-as. Pouco adiantou. Isolei-me dos gritos e brincadeiras das crianças, e das conversas dos adultos. O mundo parou. Pensei. Será estúpido da minha parte tentar substituir-te? Tentar que alguém seja capaz de te apagar de mim? Cheguei à conclusão que sim. Eu não quero mais ninguém. Eu quero-te a ti, mas não é possível. E com o tempo, tudo melhorará? Espero que sim, pois vai ser ele quem vai ditar os meus caminhos. Posso estar a ser egoísta perante mim, mas...o meu amor por ti está a tornar-se obsessivo e a renegar todos os meios de felicidade. No fundo eu sei, que mesmo que tentasse, não iria conseguir... Admito, tenho saudades. Muitas.  

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