monótonia

29 maio, 2010

fui, foste, foi. fomos, fostes, foram.

A minha felicidade derivada de ti foi embora como um triz de uma porta que se fechou. Em alturas precisei de acreditar que me amavas, acreditei. Noutras próximas precisei de acreditar que já não era verdade, não quis, mas acreditei. Em momentos voltei a precisar de acreditar que íamos ser felizes, "que ia correr tudo bem", tive medo, acreditei. Num tempo longínquo de mim, precisei de acreditar que já não existiam mais oportunidades, e que tudo tinha sido levado, não quis acreditar, continuei. Enfeiticei-me mais do que já estava, magoei-me. Encarei a realidade. Acreditei na verdade que tinha rejeitado no passado. E agora nada mais aconteceu. Continuo aqui, à tua espera, talvez, mesmo sabendo que não vais voltar. Sinto saudade. Saudade de depender de um telemóvel, ou de depender de ti. Saudade de um tempo que sei que não vai regressar, no fundo, sinto saudades tuas. És tu em tudo, na música, no mar, nas árvores e nas palavras. És tu em tudo que tenha vida! Não sei se faz sentido dizer-te tudo que sinto, raramente entendem tudo o que queremos transmitir, mas tu sentes tudo, tu sabes tudo que corre dentro de mim, e agora é tarde demais. Mas ficou tanto para dizer...mas agora também pouco importa, o fim chegou. Agora estou cansada, sinto que me estou a render. Tento deixar de te procurar, não porque quero, mas porque não consigo mais.
Neste mesmo momento preciso de acreditar que te esqueci, mas não quero. E não me perguntes porquê que não quero, não sei responder. Não quero porque não e ponto final. Mas nunca ninguém disse que fazemos o que queremos. Não quero mas preciso de acreditar que te esqueci, que desisti e abandonei todas as recordações, porque eu sinto que foi isso que fizeste comigo.

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